MINISTRO DA FAZENDA APOROFOBICO

 A fala do Ministro Paulo Guedes na última quarta-feira causou espanto: "até empregada doméstica indo para Disney passear com o dólar a R$ 1.80" A fala carregada de preconceito diz muito a respeito da pessoa dele, o que bastante preocupante. Este comportamento corrobora para um diagnóstico clássico de aporofobia, ou seja, pessoa que tem aversão a pobre. 

O Ministro Paulo Guedes se auto intitula como liberal clássico, faz questão de citar e repetir em palestras a origem de sua formação acadêmica, a escola de Chicago. E mais ainda, o Ministro se coloca como militante para o Brasil de um liberalismo teórico pautado na diminuição do assistencialismo, diminuição do custo do Estado, privatizações e menos intervenção no setor privado da econômica. As intenções de Guedes parecem muito atraente para os adeptos do liberalismo econômico, mas as últimas decisões do ministério têm demonstrado outro patamar.

As últimas medidas econômicas adotadas pelo Ministro Guedes revelam uma tendência controvertida de privilegiar determinados grupos financeiros, em detrimento ao cidadão. 

Assim que assumiu o Ministério, Paulo Guedes, colocou o dedo na política de juros praticada pelo sistema de habitação praticada pela Caixa Econômica Federal. Elevando a tarifação bancária para que fosse mais competitiva com os juros praticados pelos bancos privados. O que é um absurdo, principalmente porque o dinheiro que a Caixa Econômica dispõe para os programas de habitação veem do Fundo do trabalhador “FGTS”.

E não é só, recentemente, com o aval do Ministro Guedes os bancos criaram uma tarifação sobre o cheque especial que está disponível na conta do correntista, mesmo que o não use os valores, terá que pagar a taxa no percentual de 0,25 % do valor disponível. Diga-se de passagem, que esta tarifação bancária não tem qualquer referência em local nenhum do mundo. Taxar o correntista por recursos que ele não usou é um completo absurdo.

As medidas econômicas praticadas pelo Ministro Paulo Guedes, aliadas a sua falava grosseira em relação aos mais pobres, demonstram claramente a patologia psíquica sofrida: aporofobia.